domingo, 14 de dezembro de 2008

empatia

"Tu és o rosto do vício e eu o corpo de uma pecadora." - vou levar isso como um elogio

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

dias atrás de dias


Quando a Teresa inda era tesa pegou na cara da gaja e mandou-a contra um carro estacionado ali ao lado, de seguida deu-lhe murros com o punho fechado e pontapés até lhe partir um braço (aka uma pata) e ela ir de ambulância para o Hospital. A gaja apresentou queixa e levou a Teresa a tribunal. À Teresa foi-lhe designada uma advogada estagiária que esteve sempre calada, então a Teresa disse: Ó sô doutor juiz, a minha mãezinha tem a boca cheia de terra, mas essa gaja tem a boca cheia de merda. À saída, ela ainda a avisou que não lhe voltasse a aparecer à frente, pois se ela a visse outra vez, se desta tinha ficado com uma pata partida, ia ser muito pior. O que fez a gaja para isto tudo acontecer? Disse-lhe: vai para a puta que te pariu. E Teresa ainda lhe deu o benefício da dúvida, pensando ter ouvido mal, voltou atrás, mas a gaja repetiu. É que ninguém se mete com a mãe da Teresa, que é o mais sagrado para ela, que morreu quando ela tinha dez anos e era uma mulher linda que vendia peixe com um açafate à cabeça.
Os homens não querem a Teresa, ela diz que eles fogem passado uns tempos. Será que é porque ela parte a loiça toda, literalmente, e lhes dá cargas de porrada? E é que ela nem é nada ciumenta, não se importa nada que um homem seu se meta com outras, é que enquanto ele tá com outras, ela descansa. No entanto se ela apanhar um homem seu com outra, ela corta-lhe os tintins. E agora também, parece que eles só querem é levar no cu, desculpe a linguagem...
Teresa também dá muito boas aulas de política e economia e segundo ela, e o seu hálito que resvala para fora da sua boca com falhas de dentes, bebe uns pirolitos a crava imperiais ao longo do dia porque também há que aproveitar a vida... - o que eu aturo, espero nunca mais ver a Teresa; tenho uma coisa com seres, eles acham sempre boa ideia falar para mim; aprendi que um insulto me pode levar ao hospital, vou começar a ficar caladinho...


Sua quenga burguesa sem casa para morar,chupa-me os mamilos sem eu te pagar e deixa-me tocar nessa vulva escaldante... - num momento à Bernardo Santareno de pressão.


Temakis, não da Diana, mas do Duarte, igualmente deliciosos. Depois de ter mudado de roupa num estacionamento subterrâneo. - venho-me com comida japonesa


"Eu não preciso de falar com palavras caras para mostrar que sou inteligente."
E por falar nisso, há peças de teatro que são uma desilusão...textos fracos e idiotas à novela da TVI, jogos de luzes e som patéticos, encenação assim a assim, de quatro actores, uma muito boa, outro que também gostei e os outros dois abstenho-me. G., já pensavas em fazer papeis um bocadinho mais variados, isso não vai ser bom para ti. Fiquei mesmo com a sensação de ter visto uma telenovela por 10 euros... E assim se vendem peças, porque três dos actores são conhecidos. - tudo isto dito do alto do meu pedestal de vasta experiência e sabedoria...P.S.- amandar não existe


Vivo com sono!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

inércia e movimento

Ando com problemas em acordar, o despertador toca, toca segunda vez, toca terceira e com sorte eu aí levanto-me. Tomo banho a correr,visto o que vem à mão literalmente e saio de casa. Transformei-me naquelas pessoas que fazem tudo ao volante, tomo o pequeno almoço, aperto sapatilhas, canto que nem um louco para acordar, fumo um cigarro,pois já não vou ter tempo de o fumar na rua, pastilha para a boca e chego ao martírio dez minutitos atrasado… Levo com a BESTA: “tem de chegar a horas…”!!! Para a BESTA: amiguinha, se insistes em falar para mim como se eu fosse atrasado mental, tens de compreender que eu tenha certas limitações, parece justo que não me chateies a cabeça, pois sempre que eu chego dez minutos atrasado não usufruo do meu coffee break para não dar prejuízo ao seu estaminé (eu aposto que ela é chefe lá do sítio porque sabe dizer coffee break, uma pausa para comer qualquer coisa ou desanuviar um bocadinho, como tão prontamente ela me explicou). Aproveito já agora,para pedir que levante os pés do chão quando anda e que mude o seu toque de telemóvel, esse seu bebe a rir é medonho e arrepiante!!!Ainda bem que a nossa relação vai chegar ao fim já esta sexta-feira. A senhora é demasiado cinicamente intragável…

Floribela a Delfina até tarde com pequenas interrupções para Tina moments ou fotos antigas = sono em atraso…

Quando acontece uma coisa na minha vida, acontecem sempre duas ou três…

domingo, 23 de novembro de 2008

movimento rotação e translação

O mundo é realmente estupidamente pequeno e redondo. Tenho vontade de gargalhar das ironias da vida, de tudo e todos que vão e vêm. Porque há coisas doces e não só coisas amargas. O passado fica no passado, bem arrumado e sem pertencer ao presente! É engraçado como tudo se liga entre si...

Tenho as mãos a suar, tenho um dedinho e um íman para estrangeiros,omg...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

hoje...ou ontem...


Ela - Então Ferreira, vamos fazer pendant?
Ele - Pendant???!!!O que é isso?
Ela - Ai, é equipa, se queres fazer equipa comigo?
Ele - Ah! Tá bem, fazemos equipa sim senhor! Agora pendant...
Ela - Oh Ferreira, tu realmente em Julho já nem me devias ouvir... então eu perguntei-te se fazíamos pendant e tu disseste que sim!...

sempre gostei da palavra pendant, principalmente numa conversa nonsense como esta...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

hollywood, mon amour



Tirava aquelas pessoas (magotes delas) que é óbvio que não queriam ver o concerto e foram apenas porque era à borla, que passaram o concerto a falar e os parolos das fotos à parola. Tenho também pena do problema que, "claramente", houve com as malas de uma das vocalistas e da qualidade não muito boa do som... Mas mesmo assim valeu pena, a mim souberam-me seduzir nas diferentes versões. Para a próxima acho que prefiro pagar e ver o concerto com condições...



segunda-feira, 17 de novembro de 2008

juicy...or not

É verdade, só me cheira a tangerina...

domingo, 16 de novembro de 2008

fascinated

O dior boy tem andado a testar os seus limites, as perninhas já quase não aguentam e o cérebro começa a atrofiar, mas tudo tem valido a pena e têm acontecido coisas boas. Aqui o dior boy descobriu que se adapta realmente a qualquer situação e descobriu também que ainda está vivo, o que é sempre bom. Feliz na minha miséria e com umas gargalhadas interiores bem grandes de bónus. A "reboleira" é todo um mundo bastante aparte do meu. Expectante.


pela manhã,isto tem-me acordado...

sábado, 8 de novembro de 2008

assim seja


"Deus é um comediante a actuar para uma plateia assustada de mais para rir"
*voltaire
Por isso, depois de me ter permitido ficar esta noite a deprimir, vou-me rir às gargalhadas de Deus e aproveitar a vida.

E como...
"Quem vive sozinho,isolado do mundo, ou é Deus ou é besta"
*não me lembro
Vou para a rua ter com os meus amigos,procurar a minha sanidade.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

f#+%-se!!!

Acabei de receber um telefonema! A minha vida acabou de andar 300 passos para trás! Nunca gostei de falar ao telefone! Estou vermelho de raiva! Acho que vou pegar nas couves e no bacalhau e voltar a emigrar! Para o Brasil não vou de certeza!

vaya crise

Pois que hoje descobri, em tempos de crise, que a Dior tem uma gama de tratamento facial de seu nome: "l'or de vie", constituída por três potinhos de creme, se calhar é crime eu chamar pote aquilo!?... A sua melhor qualidade é o seu poder anti oxidante fenomenal descoberto algures em França no Château d'Yquem, de onde sai o único vinho branco que não oxida e que custa por volta de 600 euros a garrafita. Diz que o creme é realmente muito bom,mas amiguinhos, pedirem por três potes, frascos, embalagens, nem sei como lhes chamar, a módica quantia de 1200 euros é para mim quase ofensivo (dá para um mês,mês e meio)... Senhoras, bebam sumo de romã que diz que também é anti oxidante...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

estado de coma


Ando sem vontade de pessoas ou sem paciência para pessoas...às vezes até tenho vontade de pessoas, mas depois elas começam a falar e eu entro em piloto automático, não oiço nada e vou acenando a cabeça...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

in the mood of...


sonha-me e mima-me um bocadinho...

fantasmas

És tu naquela esplanada?… Não sei, não, não pode ser… desde que te enterrei que não sonhava contigo, pelo menos acordado. Foi a primeira vez em três anos que tive a sensação de te ver, por instantes tremi, os meus joelhos bateram um no outro à procura de apoio, da minha mão direita caiu o cigarro enquanto tentava dar um golfada nervosa, a cerveja subiu-me quase até à boca, a minha bexiga mexeu-se e pensei que não ia aguentar… Estúpido, como posso ter esquecido, ainda que por segundos, que tu morreste? Puxo outro cigarro e continuo o meu caminho em direcção a casa. Hoje devo sonhar contigo e odeio-te por isso! A minha mãe matou-te e eu amo-a mais a cada dia que passa por isso. Tenho-te gravado em mim, as mesmas feições angulares, o mesmo corpo alto e esguio e se calhar até a mesma facilidade de dissimulação e mentira, afinal sou vendedor… Aos dezasseis anos comecei-me a cortar com um x-acto talvez para canalizar a dor, como disse a psiquiatra, mas também foi para criar diferenças, tinha medo do quão parecido contigo me estava a tornar. O cabelo foi tingido de todas as cores e comia como um abade para ver se engordava. Nada parecia resultar, sempre me compararam contigo. Às vezes percebia a mãe a olhar-me, não como olhava enternecida para a minha irmã enquanto ela fazia um dos seus desenhos, mas sim com um olhar de medo e por vezes mesmo de nojo. Doía-me tanto perceber isso…sabia que ela gostava de mim, que ela gosta de mim, mas via-te a ti mais novo, talvez pela altura do início do vosso namoro e só conseguia sentir dor. Hoje quase não a visito, depois de te matar ficou louca, vive num asilo e quando me vê grita que nem uma louca, ironia, e acusa-me de todo o mal que lhe fizeste. Certos dias chega a acusar-me do próprio mal cometido por ti contra mim. É doloroso demais, tanto para mim como para ela e assim ela vive sozinha sem visitas. A Isabel diz que não aguenta lidar com todo esse passado e presente e fugiu simplesmente. Diz que não nos consegue ver, que se sente sempre a reviver tudo de novo. Dizem que os artistas são muito sensíveis, talvez. A última vez que a vi foi há mais de quatro anos, por acaso num café no centro da cidade e a última vez que falei com ela foi quando tu morreste. Não foi ao teu funeral, se calhar foi a única coerente e verdadeira na sua atitude. Bloqueou o passado, leva uma vida boémia, mas já se ouve falar dela aqui e ali pelas suas pinturas. Quem sofre é a mãe, ou não, desde que ficou chalupa os médicos dizem que perdeu a noção da realidade, mas aposto que lhe ia fazer bem vê-la… Que vida miserável, livra-se de ti, de uma vida a sofrer, mas nem aí tu a conseguiste deixar em paz, tiveste de arranjar maneira de garantir que ela não ia ser feliz. Tiveste de a transformar naquele pudim com esporádicos acessos de raiva. Filho da puta! Também te odeio por isso, assim como te odeio pela merda de vida que levo hoje, pelos pesadelos constantes, pelos medos, pela raiva que carrego e sobretudo pela dificuldade que ainda hoje tenho em relacionar-me com as pessoas. Quando faço sexo oiço sempre o chiar da porta do meu quarto de criança, sinto o teu corpo pesado de cima do meu, o teu cheiro a whisky no ar e acabo invariavelmente a chorar. Tu sim, estás morto, mas continuas bem vivo nas nossas vidas. Só gostava de saber porquê?… Tiro a chave do bolso, abro a porta do prédio e entro. Já se ouvem cá em baixo os gritos do João e da Catarina, devem discutir mais uma vez sobre o que ver na televisão. Abro a porta de casa com a cabeça já a explodir e mando-os para os seus quartos com um grito que faz tremer a casa, eles vão. Helena começa a dizer-me para falar mais baixo, para deixar os miúdos em paz, para parar de ser bruto. Eu não sou bruto, bruto era o meu pai, ela não tem o direito de dizer isso. Puxo a mão atrás e chego-lhe a roupa ao pêlo. Ela começa a berrar, não aguento berros, trazem tantas más recordações. Dou-lhe outra e outra e outra e outra e atiro-a contra a parede até que os seus berros se transformam num abafado murmúrio choroso. Paro. Eu não sou o meu pai, nos meus filhos nunca toquei! A Catarina tem as mamas a começar a crescer.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

perto

domingo, 26 de outubro de 2008

amarelo


Farto de andar cinzento ontem decidi ter um dia amarelo. E tive-o. E foi tão bom!
Fazer bolos não é assim tão mau. Cafés ao sol conversando sobre um barco que tinha um homem é relaxante e catártico. Lanches com boa comida e com pessoas que cada vez gosto mais são bastante repetíveis. "Jerusalém" pelo O Bando, aconselho. Perdermo-nos em baús de fotos da nossa adolescência é no mínimo perigoso. Cerveja em estações de serviço é cara. Sou quem "mata" com maior à vontade e dissimulação. Sou o rei da sueca. Estou preocupado com o Tico e o Teco (2 hamsters).


A única coisa boa de duas ressacas próximas é que a coca-cola não perde o gás...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

eu no espelho

"ÁLERTA TÓTÓ"!!!no pico máximo

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

doclisboa

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Nheca!!!


Papéis, assinaturas, formulários, dúvidas, enganos, cruzes, pessoas, guichés, repartições, fotocópias, carimbos... Num gostamos de burocracias... Por favor cortem-me os dedos dos pés, um por um e bem devagarinho, com uma folha de papel! Era mais divertido!

Qué frô?


A minha vida é um filme indiano! Eu devia ter desconfiado…primeiro já tinha o carro, depois aquelas horas naquele restaurante indiano…estava tudo mesmo à frente dos meus olhos e eu não queria ver! Dios mío, madre de Dios! Será que nada pode acontecer de forma assim mais normalita na minha vida?… É que só me acontecem situações dignas de filmes indianos, o que vale é que algumas são mais curtas metragens. Vou mudar o meu nome para Samir e pedir dupla nacionalidade.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Whip and Cry

Uma casa,uma vizinha à distância de um nocknock,uns senhorios loucos,um tempo que foi,mas que ficou :) (in the mood for one of our parties,já tou a preparar as plumas :p )


Certezas


Quando me chamaste eu não ouvi,não quis ouvir ou não consegui ouvir.Mais tarde chamei-te e tu não ouviste,não quiseste ouvir ou não conseguiste ouvir.Hoje penso que ainda bem que não nos ouvimos,tudo tem o seu tempo e o nosso já tinha passado,ou nós quisemos que ele já tivesse passado ou eu consegui que ele já tivesse passado.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ficção VS Realidade


Já quase não consigo ver o Nip/Tuck porque claramente eu e os meus amigos mais próximos caminhamos a passos largos para um ponto de descompensação mental e de relações interpessoais no mínimo bizarras, como os intervenientes desta série. As Donas de Casa Desesperadas fazem—me lembrar a minha família, onde se sabem alguns dos segredos uns dos outros, mas onde ninguém fala de nada, apenas se vai semeando uma piadinha aqui e outra ali, para que ninguém se tome por burro, sempre sorrindo. No Sete Palmos de Terra, via-me retratado numa fase mais escura e depressiva da minha vida, para não dizer também que a banda sonora era também uma parte da banda sonora do meu dia-a-dia. Da Weeds gostava de ter aquela facilidade em praticar actividades ilegais com aquele à vontade e paz de alma com que eles o fazem, aquele passar pela vida num estado anestesiado em que nada de mal pode acontecer… O Dexter mete-me um bocadinho de medo e provoca-me um certa ansiedade, qualquer pessoa à minha volta pode ser um dos últimos grandes psicopatas!… A Gossip Girl, a única série aqui referida que eu não gosto, faz-me lembrar muita gente de merda que eu conheço…

...

Eu sou um bocadinho mau e não queria, mas às vezes sabe tão bem...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Karkabuick

"O que é que nós aprendemos com isto tudo?...A não voltarmos a repetir a fazer o mesmo!...O que quer que seja que a gente tenha feito!"*

O que quer que seja que eu tenha feito!


*irmãos cohen

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Insanamente Alegre

Dicotomias

"...no seu íntimo se sentia viver ora como lobo ora como homem..."

"Porque todos os que o conseguiam conquistar viam nele sempre uma só das facetas."


*hermann hesse

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Desanimado...snif...


Pessoas encurraladas nas suas vidas, presas nos seus tabus, nos seus medos. Impedem-se de viver uma vida plena, deixam-se controlar e chega a aceitação, o conformismo com o que se tem porque não se tem coragem para simplesmente buscar mais. Passa-se a viver um dia atrás do outro, sendo felizes, na felicidade possível e moderada... E ai de alguém que ouse querer mais! O que temos agora já não é nada mau, antes isso que nada! Para quê arriscar se podemos perder tudo?... Não quero pensar assim, nem agora nem nunca...

domingo, 5 de outubro de 2008

Joie de Vivre


Fim de semana à antiga: começou na quinta feira e acaba hoje,domingo. Quinta Feira,um jantar com um amigo,uma conversa aberta e “libertadora”.Uma amiga que faz anos, encontro para um copo,tão bom sentir-me em casa…um copo passa a dois,de dois passa a três,de três a quatro,aiai… Boa conversa,álcool,as horas estão a passar,rebenta-se com a noite num pezito de dança,já tá de dia!Sexta Feira,dia díficil,já não tenho dezoito anos,não tenho uma cabeça,tenho um peso oco.Já consigo formular duas frases seguidas.Tudo melhora,o dia corre normal.É noite,encontro tardio com duas amigas,uma garrafa de vinho e uma necessidade de nos queixarmos.Ficamos mais leves.Sabado,a família chega,almoço no Estoril com pessoas que não conheço,boring.Tarde com os papás.Início da noite,lançamento de um livro,é sempre bom vermos quem gostamos alcançar os seus sonhos.Jantar comunitário na casa de uma amiga,fondu,muito álcool,cigarros de menos,muita conversa sobre sexo,alegria.Rua,deambulações,mais álcool,pezito de dança,proposta indecente.Penso,não aceito,é tarde,vamos para casa.Domingo,decididamente já não tenho dezoito anos,almoço ao sol com boa comida,tão bom.Tarde em casa armado em sr. trolha,tenho tanto jeitinho…Camp Rock na tv,degredo e vou negar até ao fim dos meus dias que vi.Telefonemas,conversas,sleepers mais uma vez,a estreia do Zé Carlos,gostei.

Conclusões do fim de semana:não fiz nada de produtivo;gosto dos meus amigos;estou a ficar alcoólico :) ;estou com menos falta de sexo do que eu pensava e estou com mais falta de cutxeza;comprar algum comprimido milagroso para a ressaca;sonhar é bom!Não acho piada pagarem viagens a Barcelona a pessoas que conseguem acabar o 9º ano em jeito de prémio,principalmente quando uma dessas pessoas acha que o futuro do verbo fazer é fazerão!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Chuvas e Tempestades


Só no meu quintal é que não chove...

sábado, 20 de setembro de 2008

O meu verdadeiro Herói




Talvez por ser assim um pouco trapalhão e meio sem jeito como eu...

Para trintões ou que andem perto...



ARTIGO DE NUNO MARKL P/ OS TRINTÕES

A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida.

E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta.

O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.

'Quem?', perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo?

A própria música: 'Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além...' era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora.

O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas,lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual...

E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul.

Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos:Ele nunca subiu a uma árvore!

E pior, nunca caiu de uma. É um mole.

Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema.

Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos.

Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos.

Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra.

Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.

Confesso, senti-me velho...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador.

Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.

Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.

Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído.

Doenças com nomes tipo 'Moleculum infanticus', que não existiam antigamente.

No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de 'terno' nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.

Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.

Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo.

Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia.

E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade?

E ainda nos chamavam geração 'rasca'... Nós éramos mais a geração 'à rasca', isso sim. Sempre à rasca de dinheiro,sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.

Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto.

Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.

Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.

Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos.

Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.

É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.'

(Nota: ...os chocolates não eram gamados no 'Pingo Doce'... Ainda se chamava 'Pão de Açúcar'!!!)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Porque acabou de acontecer...


"Queria tanto um convite inesperado, que chegou um convite inesperado.
Queria tanto que alguém perdesse a cabeça, que alguém perdeu a cabeça.
Queria tanto uma mensagem arriscada, que chegou uma mensagem arriscada.
Tão arriscada que não era de quem eu queria."


E como acabou de acontecer,vou para a rua que em casa só vou ficar a bater com a cabeça nas paredes... :)

Delicioso


(…)

Os teus olhos são como duas maçãs

O teu nariz como uma cenoura

Vou comer tudo,mas…

Deixo os pés que são a cebola.

Deves ficar linda a comer

Tudo o que aparecer.

Mas vou-me declarar

O que é preciso é amar.

A seguir a escrever o poema,fui comer. Com um poema destes, a Luísa tem de gostar de mim. Amanhã vou curtir com ela.

(…)

*joão rosas

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

E é 11 de Setembro

Reparei há bocado que é dia 11 de Setembro. Um dia que mete respeito,mas,lamento,só me apetece fazer piadas irónicas...Sim,eu sei como isso me ia ficar mal e parecer desrespeitoso e por isso não vou dizer mais nada.

Mas este dia até foi bom!Gosto tanto que o meu grupo de amigos seja constituído por pessoas desequilibradas!!!É que isso,neste momento,quer dizer que afinal vou ver Madona no domingo!Wwweeeeeeee!!!O meu obrigades aos desvios mentais que nos tornam especiais :)

Mai bom...

Desabafo


Irritam-me pessoas que têm a mania que são diferentes, irrita-me as que se acham alternativas, irrita-me pessoas que se acham profundas, pessoas que se acham mais inteligentes que os outros, que se acham melhores por que razão seja, irritam-me pessoas burras e pessoas incompetentes. Irritam-me aquelas pessoas que conseguem passar três horas a falar de si próprias, vangloriando-se disto e daquilo. E quando penso nisto…penso que se calhar eu não sou muito boa pessoa…

sábado, 30 de agosto de 2008

Era,Mas Não Foi...

Adriana lembra-se desse dia como se fosse hoje. Tinha acordado com os primeiros raios de sol que espreitavam através das vidraças da janela do seu quarto. Olhou Rafael, seu marido, deitado a seu lado. Reparando como o amava mais a cada dia que passava, apesar das marcas de uma velhice precoce evidentes no seu corpo. A medo, encosta a sua cabeça ao peito de Rafael e escuta. Sorri, ao ouvir o seu coração bater, agradecida a Deus, por lhe conceder mais um dia com o seu amado.

Levanta-se, vestindo o seu roupão de algodão, branco e ajoelha-se diante do toucador, para rezar a sua oração diária de agradecimento e também de prece, na esperança de um milagre, à Virgem Maria.

Ao sair do quarto, a manga do seu roupão fica presa na maçaneta da porta, dando-lhe um puxão. Ao sentir-se puxada para trás, lembra, como, ainda há pouco tempo ela experienciava tantas vezes essa sensação. Foram muitas as manhãs que, quando vinha do banho, apenas usando aquele mesmo roupão, e acordava Rafael para que ele se levantasse, este a puxava de novo para a cama. Enquanto a ia elogiando, dizendo-lhe que nunca vira mulher mais bonita ou cheirosa, abria-lhe o roupão e beijava-lhe o corpo. Percorrendo cada milímetro do mesmo. Quando já ambos desesperavam de desejo, ela aconchegava-o no meio das suas pernas e faziam amor enquanto se beijavam ardentemente. Com a lembrança, ela sente um arrepio percorre-lhe a espinha, talvez de desejo, mas ao olhá-lo, deitado naquele leito, pensa em como sem pensar duas vezes trocava todo esse conhecimento do prazer pela saúde dele.

Tomou banho e vestiu-se, esperava-a um novo dia, um longo dia. Subiu as escadas, acordou e arranjou os seus filhos, Maria José e Félix. Maria José ou Zézinha (como sempre foi mais conhecida) era a mais velha, com oito anos era uma menina muito bem comportada e muito vaidosa. Félix tinha cinco anos e era um menino que tinha tanto de querido como de traquina, dando por vezes cabo da cabeça de toda a gente lá de casa.

Desceram os três de mãos dadas, directos para a cozinha onde tomaram o pequeno-almoço, previamente preparado por Conceição. A criada de confiança, já com alguns anos de serviço na casa. Com o pequeno-almoço tomado, começa mais uma jornada.

Conceição sai de casa com as crianças, cada qual pendurada em seu braço, para percorrer o longo caminho, metade de paralelos e outra metade de terra batida, que os separava da escola primária feminina. Aí, a Zézinha ficaria entregue e ela voltaria para trás e faria a lida da casa, sempre com Félix atrelado.

Adriana preparou o pequeno-almoço, num tabuleiro, para Rafael e levou-lho à cama. Ele já estava acordado e mal a viu surgir na entrada do quarto sorriu-lhe, com vontade, apesar das dores. Ele não tinha acordado pior, graças a Deus. Trocaram algumas palavras carinhosas, nada de mais e ela deixou-o enquanto levava à boca a torrada barrada com manteiga feita há pouco com tanta dedicação.

Desceu para a loja e abriu as portas, dando de caras com fornecedor do pão que carregava dois caixotes enormes. A sua encomenda habitual. Passado pouco tempo, logo entraram, antes de toda a gente, para poderem escolher os pães mais clarinhos, a “ti” Mari Clara e a “ti” Ana Brites. Ambas levaram um pão e um quilo de arroz. A última levou ainda duzentos gramas de rebuçados, pois ia receber a visita dos netos. Perguntaram por Rafael e saíram.

(...)


E esta é aquela parte em que eu peço encarecidamente ao senhor ladrão que me roubou quase metade da vida, que me devolva o resto desta história...Não sei do que tive mais pena, se das coisas materiais, que ainda foram algumas, ou se de pequenas coisas como esta,se bem que também ainda foram algumas...

Não Foi Hoje,Mas Recordei


Há noites que nos marcam, por várias e diferentes razões, e esta foi uma dessas. Uma noite que tão depressa não vai sair da minha memória…e foi uma noite tão simples…

Para trás já tinha ficado um dia cheio: um acordar cedo custoso, pois tinha tido um jantar de despedida de uma amiga na véspera; uma viagem longa com a Ana em que estávamos a ver que ficávamos sem gasolina em pleno Alentejo…de termos de fazer descidas em ponto morto e tudo…; uma tarde quente e agradável de praia com um final de tarde ainda melhor; a notícia de que alguém não muito desejado vinha ter connosco e um jantar algo atribulado.

Acabámos só os dois.Uma noite fria sem estrelas, um casaco nos braços, uma mesa e duas cadeiras de campismo, uma garrafa de rum e outra de sumo de maracujá, um cigarro e uma conversa. Conversas abertas, sinceras, sem pensarmos muito se devíamos dizer isto ou aquilo, sem pensar no porquê confiar. Fomos simplesmente falando e expondo as nossas vidas, confessando alguns segredos, medos, frustrações e também alegrias. Sei que esta descrição não mostra o especial da noite e pareço até tonto,mas não importa, importa o que eu sei. Foi a terceira vez que estivemos juntos e parecíamos quase amigos de infância. Demos conselhos e suspirámos… Gostava de ter como amiga…

O pior foi mesmo de manhã acordar por causa daquela pita kenga, a MARTA (nunca vou esquecer o nome), que se enganou a comprar o Público e toda a gente decidiu ralhar com a criatura!Que nervos! :)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Banda Sonora



Banda sonora de um Verão que não vai ser esquecido...

domingo, 24 de agosto de 2008

Para ninguém em especial


Brincar com palavras,

Brincar com letras,

Mexer com sentimentos.

Bater com palavras,

Sofrer e calar.

Quando acabam as letras,

Quando tudo já foi dito,

O passado fica distante,

Perdido, quase esquecido.

Resta o presente,

O merdoso presente…

Anseio pelo futuro

Em que o presente seja passado,

Onde não passes de uma lembrança.

Ter palavras outra vez,

Saber brincar de novo.

Quero-te mal

Quero-te bem

Quero-te fora da minha vida!

Saltar, pular, gritar,

Ser um adolescente apaixonado.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

ANTI-REPRESSIVOS


Porque não/ Esquecer o coração
Porque não/ Pecar sem ter perdão
Perder toda a razão/ Porque não

Porque não/ Um filme sem guião
Porque não/ Um tema sem refrão
Cantar esta canção/ Porque não

Porque não/ Pular com a mutidão
Porque não/ Sorrir da solidão
Gritar na escuridão/ Porque não

Por aqui, por aí, porque sim
Sem ter aprovação
Sou o normal e sou a loucura
Não me peçam para ter razão

Porque não/ Um mundo e um nação
Porque não/ Sem bomba no Islão
Nem fome no Sudão/ Porque não

Porque não/ Guardar a confisão
Porque não/ Umbigo sem cordão
E Eva ser Adão/ Porque não

Quero mais de ti, quero mais de mim
Quero mais de toda a gente, que todos juntos façam frente
Que os mudos gritem alto que todos façam algo
Que torne o coração mais quente
Convençam o vizinho que ninguém ganha sozinho
Que a batalha é muito dura e será dente por dente.
Comer comida "light" para que a roupa nos assente
O corpo está saudável mas a mente está demente.
Que consciência é esta que finge que não vê.
A fome é bem real e não é só na TV
A esperança nunca morre a não ser para quem não come
A guerra não perturba a não ser a quem não dorme.

*donna maria

A Verdade


“Numa época de universal engano, dizer a verdade constitui um acto revolucionário”

*george orwell

Devaneio

Muito sol e uns óculos de sol,
Música que me faça vibrar,
Um livro que me carregue ao colo,
Alguém para abraçar e rir e
Uma vez por outra afastar-me da realidade num copo de vinho.
Assim já sou feliz :)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Qualidade de Estrela?

Mais Um Cigarro


Que nervos, mais uma vez ela está atrasada, já há quarenta minutos que espero por ela sozinho nesta mesa deste restaurante que nem sequer fui eu que escolhi. Estava desejoso de comer aquele caril fantástico do meu restaurante tailandês preferido e apenas aceitei vir aqui para lhe fazer a vontade… e nem assim ela tem a decência de chegar a horas, estou capaz de a matar. Aí chega, vindo a sorrir como se eu lhe fosse sorrir de volta! Pede desculpas, mas quase não a oiço, sei que é mais uma culpa de alguém que não ela, sei que não é importante e para evitar mais chatices simplesmente não oiço. Ao menos podia vir melhor vestida, já que se atrasou tanto…não sei o que se passa com ela, ultimamente anda sempre feita maltrapilha, não foi com esta gaja que eu comecei a namorar. Antes andava toda arranjadinha, sempre produzida, dava gosto passar horas a olhá-la… Agora?... Quem me dera que o restaurante tivesse uma televisão bem grande atrás dela para que eu não tivesse que a ver sequer. Lá está ela a falar do seu dia outra vez, como se alguém se pudesse mesmo interessar pelo mundo insondável, misterioso e estimulante de um laboratório de farmacologia! Faz-me um favor e enfia essa salada de uma vez pela boca a dentro para ver se eu tenho dois minutos de silêncio. De silêncio sim, porque sei que o tempo não chega para eu falar, já percebi isso há uns meses. Mesmo quando mostras algum interesse, assim que eu começo a falar algo mais importante surge e tens de me interromper… E que cheiro é este? Pergunto-te se te cheira a algo estranho e tu dizes que não. Mas o cheiro continua aqui…ah! É o teu novo perfume, aquele que eu já disse que não gosto muito, mas tu insistes que te faz sentir mais mulher, mais confiante. Mas eu tive de mudar de after-shave porque o meu te deixava enjoada e claro que foste tu que escolheste o que uso agora. Neste momento temos os dois cheiros que eu não suporto, tu vestes-te de maneira diferente, falas de coisas diferentes, as tuas grandes aventuras de hoje são as partidas do laboratório em que trocam os químicos uns aos outros. Perdeste o interesse em cinema, dizes que tens muito pouco tempo livre para o perder numa sala escura a ver um filme. Tenho dúvidas de quais são os nossos interesses em comum neste momento, de que falaríamos se conversássemos realmente. Sabes perfeitamente que fumo sempre um cigarro entre o prato e a sobremesa e ainda assim continuas a fazer-me invariavelmente o mesmo olhar reprovador. Ainda por cima estou nervoso e fumo um segundo e o teu olhar intensifica-se e quase que me fulminas. Azar! Partilhamos um petit gateaux com sorbet de limão, pedimos dois cafés e eu fico cada vez mais ansioso e nervoso, tenho de falar contigo e não sei como o fazer, só me apetece fugir. Correr para bem longe e fechar-me num sítio escuro a chorar como fazia em pequeno quando a minha mãe me ralhava. Olho para ti, olhas-me de volta e percebes que algo se passa, perguntas-me o que foi e eu digo para teres calma. Olhamo-nos mais uns minutos em silêncio e a tensão vai crescendo e tornando o ar cada vez mais pesado. Não sei se vou ser capaz de fazer isto hoje, aqui, como muitos sabem não é fácil… A tensão vai aumentando e quando percebo que ela não vai aguentar muito mais naquele estado decido-me a actuar e digo-o simplesmente:

- Queres casar comigo?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

De Volta

Perdido da civilização,longe de computadores e internet foram muitos os posts que ficaram por escrever... Tanta coisa aconteceu nestes dias,tem sido um pouco como uma montanha russa de acontecimentos e emoções dos quais não tenho tempo para falar de todos agora... Voltei ao meu país de armas e bagagens,para ficar e começar toda uma vida nova custosa e trabalhadora.Fui passar uns dias à minha cidade natal,começou bem,a ver todos os meus amigos e família e a divertir-me muito!Encontrei o meu ex-namorado e fiquei com uma vontade louca de lhe saltar para cima...para logo dois dias depois saber que nunca mais me quero envolver com ele.Reencontrei pessoas que adorei rever e aproximar-me.Vim para Lisboa e tudo continuou bem,encontrei mais amigos,enrolei-me com um professor de bioquímica da Faculdade Nova de quarenta e um anos e no meio de muitas festas ainda consegui andar aos beijinhos a uma das minhas melhores amigas...Têm sido duas semanas muito boas,mas ao mesmo tempo algo estranhas...Estou bem,feliz e contente e isso é o que me importa,tudo o mais são pormenores.




segunda-feira, 23 de junho de 2008

Curioso


A maioria dos meus amigos não entra em êxtase quando chegam os saldos. Os meus amigos não deliram com o teatro. Os meus amigos não vibram com a feira do livro e os seus preços reduzidos. Os meus amigos até gostam de cinema, só não gostam do mesmo cinema que eu. A maioria dos meus amigos não ouve a mesma música que eu. A maioria dos meus amigos não tem os mesmos interesses que eu. A maioria dos meus amigos não vê a vida como eu.

Mas quando nos juntamos a festa é imediata e conseguimos falar cada um das suas coisas e da sua vida enquanto os outros escutam com interesse sincero por coisas que até nos podem não dizer nada pessoalmente.

E podia ser por isto que eu gosto deles.

Mala Aberta


Já tenho uma mala aberta,já lá pus umas calças e três camisolas.É oficial,vou-me mesmo embora no domingo!Quando vim para cá estava com medo…uma vida nova,um país novo com uma língua nova também apesar de tudo,sem amigos,apenas uma amiga,objectivos para cumprir,uma cabeça para acabar de pôr no sítio.Tudo correu bem,não espectacularmente bem,mas bem.Aprendi muito sobre mim,sobre os meus limites e aquilo que sou capaz de fazer.Hoje estou muito mais seguro de mim,muito mais capaz de ir atrás de aquilo que quero,seja em que área pessoal for,sem me pôr a pensar que se calhar não o mereço!Agora é tempo de voltar,não sei se é a melhor decisão,mas foi a decisão tomada e não ficar a pensar no que poderia ter sido,a vida acontece em qualquer lugar.Para trás fica tanta coisa,tanta coisa que pela primeira vez em muito tempo,nos últimos meses,senti dores de crescimento!Espera-me o meu Portugal,as minhas cidades,os meus amigos,a minha família.Estou ansioso e cheio de saudades de tudo,apesar de saber que daqui a umas duas semanas vou ter vontade de voltar outra vez para aqui.Penso mesmo que a vida desta cidade tem muito mais a ver comigo.Nenhuma porta fica fechada,tudo pode acontecer.E agora estou outra vez com um certo medo…do que me pode esperar…do que pode acontecer…mas estou seguro de mim e não estou assustado.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Viva a Normalização!!!?...


"Little boxes on the hillside,
Little boxes made of ticky tacky
Little boxes on the hillside,
Little boxes all the same,
Theres a pink one & a green one
And a blue one & a yellow one
And they are all made out of ticky tacky
And they all look just the same.

And the people in the houses
All went to the university
Where they were put in boxes
And they came out all the same
And theres doctors & lawyers
And business executives
And they are all made out of ticky tacky
And they all look just the same.

And they all play on the golf course
And drink their martinis dry
And they all have pretty children
And the children go to school,
And the children go to summer camp
And then to the university
Where they´re put in boxes
And they come out all the same.

And the boys go into business
And marry & raise a family
In boxes made of ticky tacky
And they all look just the same,
Theres a pink one & a green one
And a blue one & a yellow one
And they are all made out of ticky tacky
And they all look just the same."

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Último Vício

Gilberto

Aqui há tempos conheci o Gilberto. Encontrei-o na rua, sentado num banco de jardim com os seus andrajosos trajes e os seus sacos do lixo. Era claramente um sem abrigo e vi logo que essa pessoa não me interessava… não que seja preconceituoso, mas na verdade, que poderia eu ter em comum com um sem abrigo? Óbvio que nada… Estava há espera da Mariana e sabia que teria de esperar pelo menos mais uns vinte minutos, o mais pequeno dos seus atrasos! Estava cansado e não havia mais nenhum banco nas redondezas, então deixando para trás o meu medo dos maus cheiros daquele mendigo e o medo da possibilidade de que ele metesse conversa comigo, sentei-me na ponta oposta do banco. Relutante acendi um cigarro, sem ter tempo de sequer guardar o maço, Gilberto pediu-me um. Não costumo dar, mas como não estava para o aturar a refilar estiquei-lhe o maço e o isqueiro. Ele agradeceu, eu acenei sem olhar e guardei o maço e o isqueiro. “Já percebi, não conversas comigo…”, disse-me ele. Aí senti-me mal, sempre orgulhoso de não ser preconceituoso e ali estava a esnobar uma pessoa só porque era mendigo. Quis falar com ele, pedir-lhe desculpas, dizer-lhe que não era nada disso, que podia falar se quisesse, mas só me saiu “Inda bem que percebeu!”. Não creditei nas palavras que tinham saído da minha boca, eu não era assim! Gilberto acenou com a cabeça e continuo no seu canto a fumar o meu cigarro. Olhei-o, notava-se na sua expressão impávida, inexpressiva que já se havia habituado áquela resposta de pessoas estúpidas. Ele devia ter uns 45/50 anos, um ar limpo, dentro do possível e uma cara bonita. Fazia-me lembrar uma fotografia do meu bisavô que a minha avó sempre exibia com orgulho quando se falava do seu pai. Achei que estava a ser indelicado e virei o olhar, não o queria ofender. Passados uns incómodos 10 minutos Mariana chegou, cumprimentou-me, olhou Gilberto e disse “Ai pá que nojo de pedintes, estão em todo o lado”, ao que eu respondi “Ya, podes crer”. Ele continuou impávido e isso começou a irritar-me…acrescentei “Vamos embora antes que apanhemos alguma doença” e fomos. Ah, esqueci-me de comentar, isto foi há uns sete anos, hoje moro na terceira caixa multibanco da avenida da Liberdade do lado direito de quem desce, fumo quando me dão cigarros e como quando há comida. Partilho muitas vezes o banco de jardim com Gilberto e somos amigos. Ele não se lembra de mim, pelo menos nunca disse nada e eu também não… Nunca mais vi a Mariana.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Esgotado até à pontinha dos cabelos!


Eu ainda penso às vezes que se calhar não te conheço assim tão bem…tonto! A previsibilidade anda sempre de mão dada com o aborrecimento…e tu, estás-te a tornar seriamente aborrecido!... Já não consigo acreditar em nada do que dizes, as tuas palavras soam-me bem quando falas comigo, mas logo um dia depois me mostras que nada do que disseste foi importante ou sentido. Ou simplesmente sentes demais e és só demasiado frívolo e inconstante para o meu gosto. És demasiado egoísta, não gosto disso! Acho que estou só carente.


Queria voltar para ti?

Não!

Acho que seria feliz contigo?

Não!

Queria ser feliz contigo?

Não!

Acredito em ti?

Não!

Gosto de ti?

Acho que sim…

Sou estúpido?

Sim!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Esquizofrenia


Gostava de ser um peixe e poder falar.

Gostava de ser um cão e poder voar,

ser um cavalo e cantar.

Um mosquito e poder rugir,

ser um elefante e poder dançar.

Gostava de ser tudo e nada,

gostava de ser aquilo que não sou

e se o fosse…

Gostaria de ser outra coisa qualquer.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Decisões!


Quem inventou a palvra e todo o conceito de "decisão" devia morrer! Morrer e não de uma maneira qualquer,mas sim de maneira bem vagarosa e dolorosa... Algo como muitas torturas primeiro e depois ser abandonado sem nada no meio do deserto. É que se há coisa que odeio é tomar decisões,sejam de tipo for...nem sequer gosto de decidir onde hei-de ir beber café com alguém... E se não gosto de decidir coisas simples como essa imaginem o que eu sofro para tomar decisões realmente importantes na vida de uma pessoa. Neste momento tenho de tomar uma decisão,não completamente decisiva ou irreversivel,mas que muda,ou não,bastantes coisas na minha vida. Estou atormentado!!!... A minha balança está mais ou menos equilibrada,sinto que consigo ser feliz com qualquer uma das decisões,mas não sei que fazer. No último ano muita,mesmo muita coisa aconteceu na minha vida. Coisas que me fortaleceram, que me fizeram bem, coisas que me fizeram crescer como há muito tempo não me acontecia. Estou hoje mais mais certo da minha vida, dos meus limites, do que quero da vida e do que é realmente importante para mim. A minha decisão estaria tomad desta vez,pois nem se poria,mas existem factores exteriores referentes a pessoas que já fizeram demais por mim... Não sei que fazer!!! Sei apenas que for qual seja a decisão não me vou arrepender,isso está decidido!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Porque me cheira a despedida!...

O Baloiço da Casa da Minha Avó

Quando era pequeno adorava ir a casa da minha avó. Ainda hoje gostava de lá poder ir, mas a minha avó morreu e a família decidiu vender a casa. Quisera eu ter dinheiro para comprar aquele ninho, aquele ver lar onde sempre fui feliz, mas não se pode ter tudo na vida… Diz-se que uma avó é uma segunda mãe. No meu caso é bem verdade, a “vó Geca” sempre foi mais que minha mãe e mais, é ainda hoje um exemplo para mim e o mais próximo que conheci, conheço de uma heroína! Teve uma vida bastante difícil, mas sempre lutou contra tudo e todos e nunca se tornou numa mulher amargurada.

De nova, toda a gente diz que era muito bonita, quase como um ser de outro planeta e não havia ninguém que não se deixasse encantar pela sua beleza e simpatia. Conta-se que quando ia ao cabeleireiro, todas as senhoras pediam para pintar o cabelo da cor do dela, ao que era impossível, aquela cor era natural. Não me custa acreditar nesta história, pois já depois de envelhecida o seu cabelo continuava lindo. De um branco como eu nunca tinha visto e acho que nunca mais hei-de voltar a ver. Pensem naquela imagem que todos temos de uma avó: uma senhora com os cabelos todos brancos, apanhados numa “banana”, com uma cara muito doce e que façamos nós o que fizermos nos trata bem e nos passa a mão pela cabeça… Essa é a minha avó, assim perfeita! Embora também me ralhasse quando necessário. Ainda me lembro de um dia em que aprendia a tabuada com ela, porque além de tudo ela era para lá de inteligente. Eu não conseguia atinar com a tabuada do sete, então ela mandou-me para o meu quarto estudar um pouco. Eu fui, mas não queria estudar e meio de propósito deixei-me dormir. Ela encontrou-me nesse preparo e ralhou-me tanto como não me lembro que me tenha ralhado outra vez. Estava preocupada que eu não aprendesse a tabuada e a verdade é que graças a ela ainda hoje a sei.

A casa dela era um mundo de alegria, tanto eu como a minha irmã e os meus primos, somos seis no total, adorávamos lá estar e passar lá o máximo de tempo possível. Não era uma mansão, mas também não era nada pequena. Toda de pedra, uma casa antiga e uma das primeiras a ter casa de banho na vila dos meus pais. E tinha um quintal encantador com um poço sedutor que nos entretinha horas e horas, simplesmente a olhá-lo ou a tirar e despejar água… Mas o que mais nos seduzia era mesmo aquela espécie de sótão que havia no piso de cima e que tinha ao centro, pendurado desde o tecto, um baloiço. Sim, um baloiço dentro de casa, há maior encanto para seis crianças? Aquela divisão era mágica, muito ampla e alta, com três janelas e além do baloiço continha uns poucos de brinquedos dos nossos pais, cinco baús cheios de recordações e um ou outro móvel já não usado. Claro que quando éramos crianças só ligávamos ao baloiço, era uma loucura, e ocasionalmente a algum brinquedo que achávamos piada. Podermos andar de baloiço dentro de casa deixava-nos maravilhados. Passávamos horas ali, empurrando-nos uns aos outros e às vezes chegávamos a discutir porque alguém estava no baloiço há tempo demais e teimava em não sair. Coisas de criança! Os anos foram passando, mas aquela continuou a ser a nossa divisão preferida e de eleição. Foi ali que pudemos falar dos nossos primeiros namorados e namoradas sem os cotas ouvirem, pois era tudo muito privado, sério e secreto… Mais tarde começámos a descobrir os baús e a desvendar um pouco mais da vida dos nossos pais. É incrível o que podemos descobrir sobre alguém, apenas vasculhando nas suas memórias, nos seus pertences, no seu passado. Passados uns anos, o sótão servia de esconderijo para os nossos primeiros cigarros, para discussões filosóficas, políticas, sociais e ambientais e para um ocasional charro,em momentos de maior rebeldia. Depois transformou-se apenas naquela lugar especial onde nos sentíamos à vontade para fazermos as nossas confissões uns aos outros. Onde, já mais parecidos com os nossos pais, nos queixávamos da vida e de todos os seus males. E sempre, sempre durante todos esses anos, essas rebeldias e confissões alguém ocupava o baloiço, como se fosse aquele vai e vem que nos ligasse, que nos unisse nessa cumplicidade tão nossa. A verdade é que desde que perdemos o nosso baloiço, a nossa relação tornou-se um pouco mais distante. Será que o baloiço tinha magia? Ou seria a nossa avó que a tinha?... Tenho saudades desse baloiço… O que ninguém sabe é que eu trouxe o baloiço da casa da avó, qualquer dia penduro-o na minha sala e convido os meus primos e a minha irmã para virem cá a casa. Aí tudo vai voltar a ser como antes…

segunda-feira, 12 de maio de 2008

E a propósito...

Carpe Diem?...


A vida é assim… Não é totalmente boa, não é totalmente má. Na vida temos de tudo, por mais aborrecida que seja, temos bons momentos, maus momentos e também momentos que simplesmente nos passam ao lado por serem insignificantes. A magia está em saber aproveitar ao máximo o bom, aprender com o mau e descansar no entretanto… Quantas vezes desesperamos com coisas que uns tempos mais tarde nos parecem no mínimo parvas e inócuas? Queixamo-nos da nossa vida quando o pior que nos aconteceu foi terem-nos roubado o ipod, somos miseravelmente infelizes porque durante três meses não temos namorado/a, parece por vezes que só nos importamos com o mau da vida, que gostamos mesmo é de desgraças para nos podermos queixar e sentir pena de nós próprios… Pois cada vez tenho menos paciência para isso, tanto em mim como nos outros. Às vezes não é nada fácil, mas tenho tentado ver ser o lado bom, ou o melhor possível, de tudo na vida e penso que só assim se pode levar uma vida saudável e plena! Não nos podemos martirizar tanto, vamos deixar de ser hipócritas e ver realmente que as nossas vidas até nem são nada más… Claro que temos problemas e alguns bastantes graves, mas há que relativizar tudo… Há que usar a balança da razão versus emoção e procurar um equilíbrio! Eu quero viver assim!